Homem de 85 anos precisava ser transferido para hospital, dizem filhas.
Na unidade de saúde, outro aposentado morreu e família aponta omissão.
Fonte:EPTV
Um homem de 85 anos teve que aguardar 5 horas por uma ambulância após
sofrer dois Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) no pronto-socorro da
Unidade Básica Distrital de Saúde (UBDS) da Rua Cuiabá, no bairro
Sumarezinho, em Ribeirão Preto (SP) nesta segunda-feira (4). Após a espera, João Batista dos Santos foi internado no Hospital Santa Lydia e passa por exames.Segundo Ivone Aparecida dos Santos, uma das filhas de João Batista, o aposentado tem câncer de próstata e foi até o Posto de Saúde do bairro Presidente Dutra fazer exames de sangue e urina. Chegando lá ele passou mal foi atendido por um médico que constatou o AVC e afirmou que ele precisava ser encaminhado para a UBDS da Cuiabá. Como a ambulância demorava a chegar, de acordo com Ivone, ela foi obrigada a colocar o pai no carro dela e levar à unidade.
“A hora que chegou aqui [na Cuiabá], que eu falei para o médico o que tinha acontecido, ele voltou a examinar e falou que ele tinha dado um AVC e aí pediu para encaminhar ele correndo para o HC [Hospital das Clínicas]. Aí, depois de meia hora ele falou que no HC não tinha vaga, ligou no Santa Lydia e achou vaga para ele ser atendido e não tem ambulância”, afirmou.
Ivone relatou que durante a espera o aposentado sofreu um novo AVC. “Eu falei para o médico, eu posso levar ele no carro para ser atendido mais rápido? E ele disse que não, porque ele pode passar mal no caminho”, diz.
Filhas de idoso que aguardou por 5h ambulância
em pronto-socorro (Foto: Sebastião Elias / EPTV)
Joelma Aparecida dos Santos, outra filha do idoso, ficou revoltada com a demora no atendimento. “Minha irmã está chorando, a gente está preocupada, a gente ama meu pai, meu pai é nosso herói aí depois a gente perde ele dentro de um hospital e de quem que é a culpa?”, questiona.
Outro lado
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto informou que não foi confirmada a espera de 5 horas para a remoção do paciente e que o tempo decorrido para a transferência não causou prejuízo, pois o aposentado estava sob cuidados de profissionais.
Acusação de omissão
Na mesma unidade de saúde na madrugada desta segunda um aposentado paraplégico, de 54 anos, morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Segundo relato de familiares, um médico teria se negado a utilizar um aparelho desfibrilador em João Antônio de Souza durante o procedimento de reanimação.
Aposentado morreu na madrugada desta segunda
na unidade do bairro Sumarezinho
(Foto: Paulo Souza/EPTV)
Barbosa explicou que o sogro foi levado à unidade de saúde por um enfermeiro da família, por volta das 14h, com fortes dores nas costas, na barriga e na cabeça. Souza teria sido medicado com soro e analgésico. “Depois que ele morreu, o médico simplesmente deixou a gente lá, sem falar nada. O pessoal foi bem grosseiro, não deram explicação nenhuma."
A Secretaria da Saúde informou que Souza recebeu o atendimento pertinente e que o uso do desfibrilador não está indicado em todos os casos de paradas cardiorrespiratórias. Segundo a secretaria, não há indícios de negligência, mas que mesmo assim será aberta uma investigação sobre os procedimentos adotados pela equipe médica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário