Administração diz ter projeto; urbanistas afirmam que obra não soluciona problema
A Prefeitura de Ribeirão Preto diz que tem um projeto, mas falta verba para cercar a extensão do córrego Retiro Saudoso, que margeia as avenidas Maurílio Biagi e Francisco Junqueira e onde três carros caíram durante o último final de semana. Uma pessoa morreu.
“Temos o projeto. Só falta licitar. Estamos aguardando dotação orçamentária para que se realize o projeto”, afirmou o secretário de Obras da prefeitura, Abranche Fuad Abdo.O secretária estima que no segundo semestre deste ano será feita a licitação da obra.
Em três anos, 23 veículos caíram dentro de córregos em Ribeirão Preto e cinco pessoas morreram, duas delas este ano.
Para o capitão da Polícia Militar, Wagner Barato, a colocação de defensas metálicas entre as avenidas e a área do córrego seria a solução. “A velocidade é a causa principal desses acidentes. Deveria ser providenciado, pelo poder público, a instalação de guard rail”, afirma.
Mas não é o que pensam os urbanistas da cidade. Na opinião do arquiteto e urbanista Mauro Castro Freitas, membro do Conselho Municipal de Urbanismo, a muretas ou defensas iam comprometer a visão da área verde e não seriam eficientes para a melhoria da segurança. “Esteticamente vai ficar horrível, teria que ser uma coisa ostensiva, talvez pintar de preto e amarelo que até poderia incentivar a velocidade e, dependendo da velocidade não conseguirá segurar o veículo”, afirma.
O urbanista defende como solução a realização de campanhas educativas e melhoria de sinalização. “A maioria dos acidentes ocorre por imprudência do motorista”, afirma.
O arquiteto e professor do Centro Universitário Barão de Mauá José Roberto Geraldini Junior, defende soluções diferenciadas para cada trecho das avenidas Francisco Junqueira, Maurílio Biagi, Jerônimo Gonçalves e Via Norte, todas margeadas por córregos.
“Em alguns lugares, o gradil garante a segurança dos motoristas. Já em outros, apenas o plantio de vegetação poderia garantir uma barreira natural. A solução seria o poder público usar os recursos humanos que possui ou abrir licitação ou concurso para solucionar a questão com projetos”, diz.
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